A eleição do governador-tampão pela Assembleia Legislativa que estava prevista para a próxima segunda-feira, dia 2 de maio, é o assunto mais comentado nos bastidores políticos, nas redes sociais, nos sites e nos demais órgãos de comunicação. Principalmente agora quando o processo eleitoral foi judicializado. Com projeto já definido e com a eleição dos candidatos passando pelo voto aberto conforme entendimento inicial do STF sobre uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade, a Assembleia Legislativa, através de sua Mesa Diretora, diz que o assunto está encerrado. Mas, pelo visto, não.
Com as últimas medidas judiciais, se espera que neste final de semana apareçam mais novidades, com uma queda de braço crescente entre oposição e situação, num pequeno aperitivo do que virá com relação às eleições de outubro.
Aposta
Como trair e coçar é só começar como diz o velho ditado, fortes lideranças políticas acreditam que podem mudar o jogo e complicar a eleição do futuro governador. Com o voto aberto a Assembleia leva vantagem, mas, com o voto secreto, naturalmente se acontecer, existe a possibilidade, mesmo remota, de alteração do placar.
Sem surpresas
Para algumas pessoas próximas ao deputado Paulo Dantas, mesmo com toda essa confusão, sua eleição para governador-tampão é fato consumado. Conta com a maioria dos parlamentares na Assembleia Legislativa e apoio do presidente da Casa de Tavares Bastos, Marcelo Victor.
Cuidado com ele
Já está chamando a atenção nos corredores palacianos a tentativa de eminências pardas que tentam influenciar nas decisões do governador Klever Loureiro, que tem realizado uma administração de austeridade, de trabalho e desvinculada de compromissos partidários. Apostam, à revelia do governador, no quanto pior, melhor.
Xô, satanás
Dedicados servidores públicos fazem preces rotineiramente para afastar do convívio palaciano uma alma penada que, com arroubos de autoridade se contrapondo à humildade do chefe, tem patrocinado cenas desagradáveis. Que o furacão passe depressa, sentenciam observadores.
Cobrança
Mesmo que ainda não seja permitido pela legislação eleitoral, o ex-governador anda solto pelo interior do estado cobrando de prefeitos e lideranças políticas apoio para as eleições que ocorrerão no dia 2 de outubro. Um caso para o Tribunal Regional Eleitoral.
Reforço técnico
O governo do estado, além dos problemas deixados pelo ex, vai ter que dobrar os esforços para equipar o Hospital Metropolitano e outros inaugurados às pressas. Os equipamentos existentes, segundo médicos que prestam assistência nessas unidades, são insuficientes para atender à população.
Troco
Como tratou durante sete anos os deputados estaduais com indiferença, o ex-governador começou a ter dificuldades políticas no interior do estado. E vai piorar, dizem deputados nos bastidores.
Mandato familiar
Além de querer fazer uma dobradinha com o pai no Senado Federal, o que passa a ser um caso único no Brasil, o ex-governador também quer emplacar sua mulher Renata Calheiros na suplência. Uma verdadeira agressão ao tentar enganar o eleitorado alagoano.
Disputa silenciosa
O governo passado quis a todo custo empurrar a sujeira para debaixo do tapete, mas, nos presídios da capital quem andam mandando mesmo são as facções criminosas. E o futuro governo vai ter um trabalhão danado para colocar as coisas em ordem.