A corrupção eleitoral, câncer que parece interminável e que tem atingido duramente o segmento político em tempos de eleições, mais uma vez dá uma demonstração de que, embora a fiscalização aumente, as autoridades trabalhem para combater o crime, esse processo é recorrente e não tem prazo de validade. Ao flagrar a distribuição de combustível no interior de Alagoas na semana que passou pela juíza Juliana Batistela, fica claro que determinados candidatos pouco estão se lixando para a mão dura da Justiça e insistem em cometer crime eleitoral em plena luz do dia.
Se os abusos cometidos por alguns candidatos não forem contidos com decisões firmes e duras da Justiça Eleitoral, certamente a famosa compra de votos sob todas as e aspectos vai continuar indefinidamente, com protagonistas sempre inovando na arte de tentar burlar a legislação.
INELEGIBILIDADE
Quando algum candidato que insiste em corromper eleitores tanto na capital como no interior – veja-se o exemplo ocorrido numa carreata em Viçosa -, for punido rigorosamente e tenha sua candidatura se tornada inelegível, afora multas e ações penais, talvez os de sempre não tenham pelo menos a desfaçatez de cometer atos criminosos sob o olhar de incredulidade da população.
AÇÕES NOTURNAS
É do conhecimento de todos, e certamente da polícia, também, que os cabos eleitorais e intermediários da compra de votos sempre atuam na calada da noite, agora com mais prudência. Acabar com a corrupção eleitoral é uma utopia, mas os órgãos de fiscalização podem pelo menos conter as ações dessa tropa que sempre é escalada nas campanhas políticas.
ALTERNATIVAS
Além de dinheiro vivo que circula principalmente na periferia da cidade, é comum a prática de alguns candidatos, fornecer areia, tijolo, janelas, barro e ainda o pagamento de contas de água e energia elétrica. Ou seja, compram-se votos de todas as formas.
CADASTRO
Os cadastros de eleitores, que antes eram feitos à base de caneta e papel, agora estão mais sofisticados. Nos bastidores, se comenta de que a tecnologia digital tem facilitado a vida dos intermediários da compra de votos com mais segurança e agilidade.
LOCALIZADO
Em velhos redutos eleitorais, a prática de compra de votos é sempre a mesma, mas com alguma prudência. As localidades onde alguns candidatos se destacam são as mesmas de eleições anteriores, com um eleitorado acostumado a vantagens indevidas.
PLANTÃO JURÍDICO
Os advogados de candidatos nunca tiveram tanto trabalho como nesta eleição. Além da atenção nas peças publicitárias para os devidos pedidos do direito de resposta e suspensão da programação eleitoral, os setores jurídicos ainda enfrentam denúncias e até mesmos flagrantes de candidatos tentando burlar a legislação.
EMPURRÃO
Fornecimento de materiais alheios à propaganda e o velho método de fornecimento de combustível para mostrar volume de campanha, mesmo que os participantes não garantam os votos nas urnas, são práticas comuns para tentar se habilitar a um mandato eletivo, mesmo com a Justiça Eleitoral de olho nos espertalhões.
AGRAVANDO
Aos poucos, conforme estatísticas da própria Secretaria de Saúde, os casos da varíola dos macacos vão crescendo em Alagoas, o que preocupa as autoridades sanitárias. São até agora dez pessoas infectadas, mais de 70 em investigação, e o mais grave é que não existe vacina no momento para este tipo de infecção.
» Aguardam-se novas operações policiais para os próximos dias. As que aconteceram até agora parecem ser apenas um aperitivo.
» É questão apenas de interpretação se utilizar de máquinas administrativas para auxiliar candidatos às eleições de outubro. A Justiça Eleitoral está de olho.
» Em alguns bairros da periferia de Maceió, candidatos controlam como se fossem seus territórios particulares, e as urnas, sempre, revelam isso.
» Os partidos que receberam o fundão através de seus candidatos devem fazer uma prestação transparente, com notas quentes para não terem problemas depois.
