A Braskem tem sofrido um forte bombardeio na Assembleia Legislativa, mas, na prática, acha que já resolveu todos os problemas das pessoas atingidas pela tragédia e que, também, é dona de toda a área atingida pelas minas de sal-gema.
O deputado Galba Novaes denuncia a Braskem de superestimar da gravidade da situação e levantada a possibilidade da empresa, futuramente, projetar um grande loteamento em toda a área degradada, o que não deixa de ser preocupante.
Com indenizações aquém da realidade, em que a maioria dos seus moradores não teve o mesmo poder de compra de outro imóvel, a Braskem, de acordo com denúncias na Assembleia Legislativa, se apossou de uma região nobre à preço de banana.
Na Câmara Municipal há um requerimento que pede o cancelamento das licenças de operação da mineradora na capital alagoana.
GRAVIDADE
A empresa, que seguramente, como diz o deputado Galba Novaes, causou o maior desastre ambiental mundial faz um marketing forte, com o objetivo de convencer às pessoas que está cumprindo todos os seus compromissos e que às pessoas atingidas estão satisfeitas com o desfecho final.
REPARAÇÃO
A tragédia provocada pela Braskem e que atingiu vários bairros de Maceió vai custar alguns bilhões de reais aos cofres da empresa, que ainda enfrenta algumas resistências nas indenizações e na revitalização das áreas atingidas.
DISPUTA
Na Justiça, já em tramitação algumas ações coletivas, a exemplo da indenização aos moradores dos Flexais de Baixo e de Cima, medidas de contenção das cavernas, projeto para estabilização de toda a área, além da parte que cabe ao estado e ao município. Como se vê, ainda está longe de a Braskem resolver definitivamente os seus problemas.
MAIS APERTO
Para completar, o deputado Alfredo Gaspar está propondo uma lei que impeça a empresa de distribuir dividendos a todos os seus acionistas, o que fez a pouco com a disponibilização de mais de R$ 7 bilhões. O cerco, assim, vai apertando cada vez mais.
ACOMPANHAMENTO
Todas as movimentações da Braskem nos últimos anos estão sendo acompanhadas de perto pelo Ministério Público Federal, principalmente sobre o calvário de muitos moradores das áreas atingidas que ainda não aceitaram as propostas de indenização por considerálas imorais.
REFRESCO
Para quem já pagou dividendos na ordem de R$ 7 bilhões aos seus acionistas, mais um pouco não fará diferença nas finanças da Braskem, como as ações de indenizações propostas pelo governo do Estado e pela prefeitura de Maceió.
AGUARDANDO
O encerramento dos trabalhos da CPI do Lixo, em Arapiraca, que tem movimentado os bastidores da imprensa alagoana, está previsto para esta semana, com os resultados sendo enviados para o Ministério Público. Entre as supostas irregularidades, o pagamento de mais de R$ 40 milhões sem licitação da administração do prefeito Luciano Barbosa a uma empresa responsável pelo recolhimento dos resíduos sólidos no município.
ADIANDO
Com sucessivos recursos na justiça local, a prefeitura de Arapiraca tenta, a todo custo, colocar um balde de água fria no que foi apurado até agora, mas a situação dos contratos é mais séria do que se pensava, confidenciam vereadores que participaram das investigações.
