O governo do Estado quer uma indenização de R$ 35,8 bilhões da Braskem pelos estragos causados pela mineração de sal-gema. O senador Renan Calheiros ameaça com a instalação de uma CPI, mas sabe, de antemão, que dificilmente receberá essa gorda quantia.
O pedido de indenização, que já foi feito em outras oportunidades, leva em consideração vários fatores, desde a reparação completa dos que foram atingidos pela mineração e a total degradação dos bairros de Maceió onde a população sofreu as graves consequências.
Para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, cujas 45 assinaturas já estão garantidas, será necessário que o pedido seja lido em plenário pelo Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que poderá fazê-lo nos próximos dias. Para Renan, tudo tem que ser devidamente esclarecido.
CUSTO ALTO
Embora já tenha disponibilizado mais de R$ 8,2 bilhões em indenizações e reparações nas áreas afetadas, a Braskem ainda teria mais R$ 7 bilhões para concluir a tarefa. Mas não é bem assim que pensa o Estado, que pede, através de estudos técnicos e com pareceres formalizados, a bagatela de R$ 35,8 bilhões.
APRESSANDO
No entendimento de alguns técnicos do governo, essa é a hora de uma grande negociação com a Braskem, principalmente depois do acerto que a empresa fez com a prefeitura de Maceió, cuja generosa parte foi destinada à compra do Hospital do Coração.
CUMPRINDO
Mesmo afirmando que desconhece estudos técnicos encomendados pelo Estado, a Braskem acha que a melhor forma para resolver os impasses é o diálogo, o que está sendo feito permanentemente pela empresa. Os acordos, revela a empresa, estão sendo cumpridos rigorosamente pela Braskem.
PARCERIA
Por falar na compra do hospital, o objetivo maior é de que haja a participação efetiva do SUS para bancar o funcionamento da instituição que atenderá diversas especialidades. Seriam mais 220 leitos e tecnologia de ponta para atender a população mais carente da capital.
SEM RESPOSTA
As denúncias e críticas feitas pelo senador Renan Calheiros e pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, no início da semana, são consideradas improcedentes pela prefeitura. O município alega, entre outras considerações através de assessores, que não se pode fazer uma comparação dos gastos com hospitais construídos pelo Estado e a situação atual.
DISPUTA
A compra do Hospital do Coração pela prefeitura de Maceió virou uma disputa política entre situação e oposição, que visa, prioritariamente, às eleições municipais do próximo ano.
GOELA ABAIXO
Como já era previsível, a Câmara de Maceió aumentou o número de vereadores de 25 para 27, embora apenas dois vereadores, Leonardo Dias, do PL, e Teca Nelma tenham se posicionado contra. São as arrumações com vistas às eleições do próximo ano.
VELHO CHICO
O deputado Inácio Loiola (MDB) pediu a palavra na sessão de ontem para celebrar o Dia de São Francisco de Assis e aproveitou para fazer uma ligação do santo com um problema do mundo moderno, a devastação da natureza. “Hoje enfrentamos uma grave crise ambiental. Ou preservamos o meio ambiente ou vamos destruir nossa única morada, o planeta Terra”, alertou Inácio que, na data em comemoração do santo, voltou suas atenções para o rio de mesmo nome: o São Francisco.
