Braskem não entra em acordo e vítimas seguem no sofrimento
   14 de dezembro de 2023   │     7:55  │  0

Já era previsível que, a qualquer tempo, a Braskem não iria aceitar a inclusão de novos imóveis nas áreas de risco, sobretudo no Mutange, Pinheiro e no seu entorno. Na audiência na Justiça, a empresa reagiu e não concordou com os pedidos feitos pela Defensoria Pública, sob alegações técnicas.

Ao não concordar com a solicitação para que mais moradias façam parte do processo indenizatório, pode se prever que uma nova batalha judicial estará em curso, com resultados ainda sem prognóstico.

PREVISÃO

Nos bastidores, as argumentações da empresa são várias, principalmente a tese de que informações técnicas não admitem extensão das áreas já delimitadas. Mas como a movimentação do solo ainda é imprevisível, os questionamentos
continuarão a ser avaliados.

ALERTA GERAL

As declarações do superintendente substituto da Agência Nacional de Mineração, Helder Pasti, em audiência pública na Câmara dos Deputados, levantou dúvidas sobre laudos até agora dados ao conhecimento público. Entre outras coisas, a de que o afundamento dos bairros vem desde 2011, Pasti disse que o risco de desastre envolvendo outras minas da Braskem é real.

É GRAVE

Entre outras considerações, a ANM assegura que a Braskem sabia muito antes sobre o afundamento, mas não interrompeu a mineração, o que torna a situação bastante desconfortável para a empresa. Resta saber, porém, por que os órgãos ambientais não impediram que o processo de extração do sal-gema fosse interrompido.

RECORRENDO

O policial Kleverton Pinheiro de Oliveira, mais conhecido como Kel Ferreti, expulso da Polícia Militar, vai recorrer da decisão e justifica que estava com a síndrome de Burnout, enfermidade atribuída a esgotamento físico e mental havia pelo menos 5 anos enquanto estava afastado das funções. Ferreti também recebeu outras punições ao longo de suas atividades profissionais.

APROVADA

Para não desgastar politicamente o senador Renan Calheiros, aliados do governo decidiram apoiar a instalação da CPI da Braskem, que terá como presidente o senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, e Jorge Kajuru, vice-presidente.

POR ALAGOAS

O governo federal espera uma trégua nas disputas políticas em Alagoas enquanto não se resolve definitivamente os problemas causados pela Braskem. Foi o que ele deixou bem claro durante a última reunião entre os dois mais fortes grupos políticos do Estado ao afirmar que aliança é essencial para superar as imensas dificuldades que enfrenta o município de Maceió.

ARRASTÃO

O Governador Paulo Dantas foi pontual na reunião com Lula quando pediu que as vítimas do processo provocado pela Braskem sejam devidamente indenizadas. Ele também reivindicou reparação para os prejuízos que tiveram o Estado e municípios circunvizinhos.

APOIO PSICOLÓGICO

A Sesau passou a disponibilizar serviço de apoio psicológico e psiquiátrico para os moradores dos Flexais, localizados no bairro Bebedouro, em Maceió. Os atendimentos ocorrem no Centro Estadual de Esporte e Lazer (CEEL), antigo Parque da Lagoa, sem necessidade de agendamento.

PARA TRÁS

Além dos prejuízos econômicos, a tragédia socioambiental também afetou a saúde mental das vítimas, que tiveram de deixar para trás mais do que apenas o imóvel, mas também uma história de vida.

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