Estabilização de mina pode aliviar um pouco a população de Maceió
   5 de dezembro de 2023   │     7:51  │  0

A expectativa de que a mina número 18, no bairro do Mutange, tenha uma estabilização – o que vem acontecendo aos poucos conforme sucessivos laudos técnicos -, leva um pouco de esperança a toda a população no entorno da região mais afetada, que sofre com as consequências de uma tragédia anunciada.

Vale ressaltar, porém, que o diâmetro da cratera que se formaria em torno da mina prestes a colapsar não é exatamente aquele onde a imprensa de uma forma geral vem noticiando. Fazer comparação com um buraco do tamanho do Estádio do Maracanã é, sem dúvida, um pouco de exagero.

Mesmo que a situação venha sendo controlada como dizem os órgãos oficiais, nada se pode garantir da ocorrência de um problema mais sério e, se assim não fosse, a Defesa Civil não estaria alertando que todos que circulam na parte de terra e lagoa evitem a região.

GABINETE DE CRISE

A criação de um gabinete de crise pela prefeitura de Maceió para agir em apoio à população em caso de nova catástrofe diz bem da insegurança da população na área atingida. Não se sabe, também, se os fenômenos poderiam migrar para outras regiões da cidade próximo ao bairro do Pinheiro.

APOIO

Governo federal, estadual e municipal vem trabalhando para colocar em prática algumas medidas em caso de desastre, mas ainda insuficientes para atender a toda a população atingida pela mineração.

INCERTEZA

Em meio a tantas controvérsias o que dizer à população sobre possíveis desastres ecológicos? Até agora apenas projeções, muito embora a Braskem, durante todo esse tempo, venha fazendo o tamponamento das minas de sal-gema existentes, mas sem garantir a estabilidade da região.

CPI SERÁ A SOLUÇÃO?

Há quem diga que a instalação da CPI proposta pelo senador Renan Calheiros esclareceria de uma vez por todas o que está acontecendo, o que viria a acontecer e as soluções de indenizações e realocações solicitadas por várias comunidades. Até lá, porém, tem muita estrada para percorrer.

PERGUNTAR NÃO OFENDE

Por que, na sexta-feira, a Caixa Econômica Federal determinou o fechamento de duas importantes agências em Maceió? Algo a ver com a notícia de um possível colapso de uma das minas da Braskem?

ESCLARECEDOR

Quem quiser saber mais sobre a tragédia da Braskem em áreas em torno do bairro do Pinheiro é bom ler o livro do Secretário de Comunicação, jornalista Joaldo Cavalcante, “Salgema; Do erro à tragédia”. No livro, Joaldo faz uma viagem ao tempo, analisa a concessão de exploração do sal-gema e os perigos que adviriam das sucessivas operações da empresa, além do drama que ainda vivem milhares de alagoanos.

PERIGO NO AGRESTE

Enquanto Maceió vive esse problema do afundamento do solo, tragédia que atingiu milhares de famílias, o município de Arapiraca se encontra também na incerteza de tremores de terra que ninguém sabe por quem está sendo provocado. Indústrias próximas negam responsabilidade, e a Defesa Civil tenta desvendar o mistério.

FAKE

Uma postagem nas redes sociais que mostra um desmoronamento, em um trecho da BR-101, em Alagoas, começou a circular ontem. A imagem diz que o buraco tem relação com o risco de colapso da mina 18, no Mutange, em Maceió, o que não é verdade. Segundo o Dnit, a foto é de uma situação em Marechal Deodoro, entre o km 120 e o km 123. O local está interditado desde novembro de 2022.

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