O peso nas costas por inviabilizar as futuras administrações com o custeio de obras faraônicas, o governador Renan Filho, que se prepara para deixar o Palácio República dos Palmares, vai carrega-lo pelo resto da vida. Apenas se preocupando com obras de concreto onde as betoneiras não pararam nos últimos anos, o governador esqueceu por completo das pessoas, que passam necessidades sob as marquises dos municípios alagoanos.
O endividamento que chega à centena de milhões de reais, mostra que o estado ficará praticamente ingovernável, agravado por obras que prometeu como a Al-101 Norte e que dificilmente serão concluídas nos próximos anos.
Buraco negro
Com um rombo gigantesco a ser coberto por Paulo Dantas e o governador escolhido em outubro deste ano, o estado mergulha na incerteza de cumprir os seus compromissos, além de ter a obrigação de manter os salários em dia e consequentemente com suas obrigações sociais.
Maldade
Ao deixar uma dívida social impagável e utilizando os recursos do Fecoep para outros objetivos, o governo do estado será lembrado como um dos algozes das famílias mais pobres de Alagoas.
Carência de pessoal
Ainda este ano o governador tampão vai sentir na pele o quanto será difícil honrar todos os compromissos que estão sendo deixados por Renan Filho. Sem contratação de pessoal especializado, as máquinas adquiridas pelos hospitais inaugurados a toque de caixa terminarão nos depósitos, sem nenhuma utilidade. Que o diga o Hospital Geral do Estado que foi abandonado à própria sorte, embora digam que ele está, pela enésima vez, sendo recuperado para atender com eficiência à população alagoana.
Proteção
A aproximação de Renan Filho com o deputado Paulo Dantas, escolhido pela Assembleia Legislativa para sucedê-lo no governo, tem um motivo de ser. Como as dificuldades serão imensas, o ainda governador espera que Dantas trabalhe para que ele não seja exposto à opinião pública no momento em que se inicia a campanha política. A crise, de acordo com observadores, é imensa e sem solução aparente.
Rolete chupado
Nos estertores do mandato, onde deverá deixar o cargo até o dia 2 de abril para se candidatar nas próximas eleições, Renan Filho está experimentando agora o que é tomar água quente e café frio.
Revoada
Como não se preocupou em formar um grupo político para enfrentar novos embates, o governador começa a perder espaço entre seus aliados. No MDB a situação é delicada e aos poucos está começando a debandada. Saiu a deputada Jó Pereira e o secretário de Segurança Alfredo Gaspar tomou o mesmo caminho. Até a reunião ocorrida na sede do Partido nos últimos dias, foi um fiasco.
Indução
É de se estranhar que algumas pesquisas que estão sendo divulgadas tentem induzir o eleitorado de que Renan Filho é imbatível para o Senado, jogando outras lideranças para tentar disputar outros cargos. É a estratégia que está sendo arrumada pelo Palácio República dos Palmares para tentar mais uma vez enganar a opinião pública.
Onde mora o perigo
Na verdade, como mostra a história, a família Calheiros sofre uma grande rejeição na capital onde não conseguiu ganhar nenhuma eleição até hoje, sentimento que também migra para o interior depois da primeira tentativa do MDB de destruir politicamente o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa.
-A mudança de comando do União Brasil, em Alagoas, muda completamente o quadro político atual.
-Sob o comando do deputado Arthur Lira, o União Brasil trabalha para agregar novos afiliados e ampliar alianças com outros partidos.
-Mesmo que aparentemente exista um clima de racha entre lideranças políticas quando o União Brasil mudou de comando, ainda é incerta a migração de deputados para a nova sigla.
-Sem a reforma prometida, o Estádio Rei Pelé vai passar novamente por situações constrangedoras durante o campeonato brasileiro. O pontapé inicial foi dado no jogo entre CSA x Sport, onde o campo ficou literalmente inundado pelas chuvas.
